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O Chamado do Corpo: Um clamor da presença em tempos de conexões virtuais

Vivemos em tempos onde o toque, o olhar, e o abraço, todos gestos tão naturais, parecem ter sido substituídos por toques em telas. O som das notificações se sobrepõe ao som do nosso coração. Passamos a ser conduzidos por mensagens instantâneas, sempre à espera da próxima atualização, da próxima curtida, como se a vida pudesse ser comprimida em pequenos retângulos de luz.


Mas a vida real, aquela que pulsa, que vibra em nossa carne e alma, está aqui, no corpo que habitamos. O corpo é a ponte entre o que somos e o que podemos ser. Nele, o amor se manifesta. Ele pede atenção, cuidado e presença. Porque é no denso, no contato físico, que o verdadeiro encontro se dá. E nesse encontro, não há filtros ou distrações. Há apenas a verdade da pele, a sinceridade dos gestos e o silêncio compartilhado, onde não se precisa de palavras para entender que o amor está presente.


Os que caminharam pelo caminho do amor sabem disso. Sabem que nada substitui a presença verdadeira, a entrega completa de corpo e alma. Que amar é estar, é ser, é sentir o outro de forma integral. Sabem que a vida se expressa através do corpo, no calor de um abraço, no aconchego de um olhar.


E ao lembrarmos disso, percebemos o quanto somos distraídos pelas promessas tecnológicas. A ilusão de que estamos conectados a tudo e a todos, enquanto nos afastamos do que realmente importa: a presença viva e concreta, o toque, o amor.


Há uma sabedoria antiga em estar presente, em voltar ao corpo, em perceber o calor do sol na pele, o ritmo da respiração, o pulsar do sangue nas veias. O corpo é o templo onde se cultiva o amor. E se escolhemos viver de verdade, precisamos aprender a ouvir o que ele tem a nos dizer, sem que as distrações digitais abafem sua voz.


Então, para aqueles que trilham o caminho do amor, que dançam entre o sutil e o denso, o convite é claro: voltemos ao corpo. A vida está aqui, agora. E o resto? O resto é apenas distração, pois é no corpo que reside o poder de transformação. E é nele que o amor, em sua forma mais pura, floresce e se multiplica.

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